09 setembro 2009

Nova legislação da FIFA preserva jovens jogadores


A venda de jogadores menores de idade para a Europa cresce a cada ano, porém Joseph Blatter, presidente da FIFA, já mostrou preocupação sobre o assunto e incorporou no Estatuto do Jogador novas regras que visam proteger os clubes formadores.

De acordo com Blatter, é de extrema importância que um clube não perca seus jogadores com menos de 18 anos. Essa nova regra fortalece as ligas nacionais, protege financeiramente os clubes e controla o número de transferências.

A FIFA prevê a criação de um sub-comitê que ficará responsável pelo controle desse tipo de negociação, podendo vetar qualquer transação de menores de acordo com as normas da entidade.

Um dos maiores problemas que essa nova regulamentação pode causar é a impossibilidade de clubes pequenos gerarem lucro a partir da venda desses jovens, já que grande parte dos clubes, principalmente na América Latina, está endividada e sem crédito para manter seus jogadores.
Fabiano Ventura, agente FIFA e sócio da Agência Ética, esclarece que “a preocupação da FIFA é fazer com que esses jovens não cheguem em países estranhos a sua cultura despreparados intelectualmente e socialmente pela tenra idade.”

Existem inúmeras dificuldades de se manter um clube sadio financeiramente nos países menos desenvolvidos, porém nos países da Europa também existem times que sobrevivem da venda de jovens jogadores para os grandes clubes, e essa nova lei também vai enfraquecer as pequenas ligas do velho continente. “Por esta norma, a FIFA pretende fortalecer a categoria de base dos clubes, investir em crianças, não tornar ela uma fábrica de jogadores, pois o investimento nos jovens faz com que diminua a incidência de compra de jogadores adultos para a equipe principal” completa Fabiano.

Os benefícios de manter esses jovens em seus países de origem até atingirem a maioridade são muitos. “o problema da maioria destes jovens é que eles muita vezes vão para fazer testes, o que não oferece garantia a eles, tornando o sonho de jogar num clube europeu um grande pesadelo, diferentemente do jovem que sai de seu país contratado, com contrato de trabalho e amparado por um agente FIFA” conclui Fabiano.

Com essa nova regulamentação, o controle do mercado é maior, o que evita o abuso e o assédio sobre esses jovens, dando a possibilidade de os clubes formarem um atleta mais bem preparado.

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